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November 4, 2025

Onboarding, Crossboarding e Offboarding: como criar fluxos integrados de experiência e aprendizagem em plataformas de LMS+LXP

A experiência do colaborador é uma das principais alavancas de performance organizacional.

Ela começa antes da contratação e se estende até o momento em que a pessoa deixa a empresa, passando por um ciclo contínuo de integração, desenvolvimento e transição.

Embora o processo não tenha mudado, há 'novos' padrões sociais que impactam diretamente as organizações e levam as cerimônias a outros níveis de importância.  

Onboarding, crossboarding e offboarding, que em alguns casos ainda são tratados de forma isolada, no novo modelo skill-based geram um fluxo interconectado de aprendizagem.

Um ciclo que garante consistência, cultura viva e inteligência de dados em todas as fases da jornada.

1. O que é Onboarding (embarque/integração)?

O onboarding é o processo de boas-vindas e integração de novos colaboradores à cultura, aos processos e às metas do negócio.

O ‘embarque’ serve para transmitir informações, construir no processo de contratação engajamento e acelerar ramp-up (adequação ao cargo/função)

Um onboarding bem estruturado faz com que o colaborador compreenda rapidamente:

  • O propósito e os valores da empresa;
  • As expectativas do papel e indicadores de sucesso;
  • As ferramentas e metodologias de trabalho;
  • As relações-chave dentro da organização.

2. O que é Crossboarding (Desenvolvimento)?

O crossboarding é o processo de movimentação interna entre áreas, cargos ou funções, que permite ao colaborador desenvolver novas competências e acelerar trajetórias de carreira dentro da própria empresa.

Ele é a base de uma cultura skill-based, onde as pessoas são incentivadas a expandir suas capacidades conforme as demandas estratégicas da organização evoluem.

Um bom programa de crossboarding:

  • Reduz a rotatividade e o custo de novas contratações;
  • Mantém o engajamento e o senso de pertencimento;
  • Desenvolve lideranças de forma orgânica;
  • Amplia a maturidade digital e colaborativa.

3. O que é Offboarding (Desembarque)?

O offboarding é o processo de encerramento estruturado da jornada de um colaborador, garantindo que a saída seja conduzida de forma ética, respeitosa e estratégica.

O offboarding é uma oportunidade para aprender, documentar e fortalecer a cultura organizacional.

Um offboarding eficaz:

  • Minimiza riscos de perda de conhecimento;
  • Reforça a reputação da marca empregadora;
  • Oferece uma transição positiva para o colaborador e para o time;
  • Gera dados valiosos sobre clima, liderança e processos.

4. Qual a correlação entre as metodologias?

Onboarding, crossboarding e offboarding formam um ciclo contínuo de aprendizagem e gestão de talentos.

Quando esses processos estão integrados, a organização passa a operar de forma sistêmica, com base em dados e em experiências consistentes.

Conexão estratégica:

Onboarding

Garante uma entrada fluida e produtiva, preparando o colaborador para o sucesso desde o primeiro dia.

Crossboarding

Mantém o aprendizado contínuo e fortalece a retenção de talentos ao longo da jornada interna.

Offboarding

Fecha o ciclo com inteligência e gera insights valiosos para aprimorar as fases anteriores.

As metodologias sustentam uma employee experience de alto desempenho, que conecta o indivíduo à estratégia do negócio do primeiro até o último dia da jornada com a empresa.

5. Como criar as etapas dentro da LMS+LXP Learning Hub

Segundo Elisa Cabreli, Product Owner da Afferolab, a LMS+LXP Afferolab Learning Hub permite a criação de trilhas específicas para cada etapa.  

Para o onboarding, o conselho da profissional é definir na configuração da ferramenta uma trilha para todos os novos colaboradores.  

O mesmo caso se aplica para o crossboarding: ela indica que sejam criadas trilhas específicas. Elisa lembra ser essencial fazer o mapeamento dos públicos-alvo que terão ou não acesso a determinadas trilhas.  

Por exemplo, é possível criar trilhas de Agentes de IA (Inteligência Artificial) para atendimento ao cliente para pessoas elegíveis ao cargo de gestor de suporte.  

Para a trilha de desligamento, Elisa explica ser necessário cuidado. Antes de matricular a pessoa nessa trilha, é preciso certificar-se de que ela está ciente do desligamento e da importância dessa etapa.

lms+lxp-learning-hub-topo

6. Como a Learning Hub potencializa a experiência

Usar a Learning Hub em toda a jornada do colaborador com a empresa inclui trilhas, comunicações e análises em uma experiência única de aprendizagem e desenvolvimento, além de dar ao RH informações e dados para entender gaps e ajustar as etapas.

Com a LMS+LXP Learning Hub, é possível:

  • Criar jornadas personalizadas por cargo, área ou perfil de competência;
  • Entregar conteúdos no ritmo certo, com notificações e automações;
  • Gerar relatórios de performance, engajamento e feedback;
  • Integrar com sistemas de RH para atualização automática de status.

Além disso, o design da plataforma favorece autonomia, engajamento e aprendizagem contínua, transformando o colaborador em protagonista da própria jornada.

7. KPIs de cada fase Onboarding

Raquel Moraes, head de design da Afferolab, destaca que os processos de onboarding, crossboarding e offboarding não podem ser vistos como rituais isolados, mas como partes de um mesmo ciclo de experiência do colaborador.

Cada etapa oferece dados valiosos sobre a capacidade da empresa para gerar integração, autonomia e conexão com a cultura, além de indicar onde estão os gargalos de retenção ou de desenvolvimento interno.

Alguns KPIs que podem ser avaliados nas etapas são:

Onboarding

  • Tempo até a autonomia: número médio de dias até que o novo colaborador execute suas funções com autonomia.
  • Integração cultural: percentual de novos colaboradores que relatam alinhamento com a cultura e valores da empresa nas primeiras semanas.
  • Satisfação com o processo de integração: NPS ou pesquisa de pulso após 30 dias.
  • Taxa de acesso completo: proporção de novos colaboradores que recebem equipamentos, e-mails e acessos em tempo hábil (aqui pode ser no primeiro dia, por exemplo).
  • Engajamento com o gestor: número de interações estruturadas com o líder durante o primeiro mês (reuniões, check-ins, feedbacks).
  • Retenção no período de experiência: percentual de colaboradores que permanecem após 90 dias.

Crossboarding

  • Tempo até a adaptação à nova função: dias necessários para atingir a performance esperada na nova área ou função.
  • Integração com o novo time: percepção de acolhimento e alinhamento com os pares e a nova liderança.
  • Autonomia técnica: grau de independência para realizar as novas atividades sem suporte constante.
  • Confiança na tomada de decisão (para líderes): índice de segurança e clareza estratégica nos primeiros 60 dias.
  • Participação em ações de transferência de conhecimento: número de mentorias, treinamentos ou shadowings concluídos.

Offboarding

  • Motivos de desligamento: categorização (voluntário/involuntário) e principais razões apontadas.
  • Taxa de entrevistas de desligamento realizadas: percentual de saídas que passam por entrevista estruturada.
  • Tempo médio de transição: período entre aviso e conclusão do repasse de atividades.
  • Efetividade da transição: percentual de entregas e processos documentados e reassumidos por outros colaboradores.
  • Índice de detratores/embaixadores: análise qualitativa de ex-colaboradores nas entrevistas ou em plataformas externas.
  • Recontratações ou indicações pós-saída: indicador de qualidade da relação pós-desligamento.

8. Erros comuns a serem evitados

Se eu preciso que a pessoa no offboarding faça repasse de informações, significa que eu não documentei o que precisava ser documentado o tempo todo.

A falta de documentação contínua é um dos erros mais recorrentes nas empresas e um dos que mais impacta a experiência do colaborador.  

Quando o conhecimento está concentrado nas pessoas, e não em processos, cada saída ou movimentação interna gera um vácuo de informação.

Raquel defende ser ideal que o registro seja parte da rotina: quanto menos o conhecimento depender de indivíduos, mais sustentável e fluida se torna a jornada de aprendizagem organizacional.  

Além deste, outros erros evitáveis são:

Falta de preparo logístico no onboarding

Novas pessoas iniciando sem e-mail, equipamentos ou acesso a sistemas vitais para o trabalho. Isso compromete a experiência inicial e gera improdutividade.

Ausência de estrutura e documentação

Processos e informações-chave não estão formalizados, obrigando novos colaboradores a aprenderem “na marra”. A falha também compromete o crossboarding e o offboarding.

Onboarding centrado em tarefas, não em pessoas

Treinamentos técnicos antes da integração cultural e relacional. O resultado é uma adaptação fria e superficial.

Crossboarding sem plano de transição

Mudanças internas tratadas apenas como “remanejamento”. Falta acompanhamento sobre o que muda tecnicamente, culturalmente e em termos de expectativas.

Desligamentos sem empatia ou registro

Empresas que não fazem entrevistas de saída perdem dados valiosos para ajustar o onboarding e a retenção.

Falta de retorno ao processo

Dados do offboarding não retroalimentam o onboarding, o aprendizado sobre causas de saída não é traduzido em melhorias.

Desatenção à jornada do último dia

O colaborador que está de saída permanece parte da experiência organizacional até o fim. Ignorar isso pode transformar um ex-colaborador em detrator da marca.

Por fim

Onboarding, crossboarding e offboarding são pontos de conexão e experiência dos colaboradores, que integrados, constroem uma jornada de aprendizagem contínua, sustentável e centrada nas pessoas.

Ao tratá-los como partes de um mesmo ciclo, cada momento da experiência do colaborador se torna uma oportunidade de engajamento, desenvolvimento e inteligência organizacional.

Quando suportadas por plataformas como a LMS+LXP Learning Hub, essas etapas ganham o status de fluxos estratégico de aprendizagem, que são alimentados por dados e práticas que fortalecem cultura, autonomia e performance.

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