A revolução pela qual o mundo do trabalho está passando é silenciosa, mas profunda e com impactos diretos no treinamento e desenvolvimento (T&D)
Alessandra Lotufo, MD da Afferolab, durante o CBTD, explicou como novas habilidades estão emergindo e culminando na era do modelo skill-based.
Habilidades como empatia e criatividade ganham relevância e abrem novas exigências emocionais para um desenho profundo dos valores associados ao trabalho.
Neste artigo, reunimos os principais destaques do painel e o que eles nos dizem sobre o futuro da aprendizagem corporativa.
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Vivemos hiperestimulados, bombardeados por feeds infinitos, múltiplas notificações e relações cada vez mais superficiais. A consequência? Uma sociedade cansada, ansiosa, solitária e em busca de sentido.
Neste cenário, o T&D passa a ter um papel central, deixando de lado as agendas de treinamentos obrigatórios e o ‘repositório’ de conteúdo.
Segundo Alessandra Lotufo, aprender precisa ser uma experiência significativa, conectada à vida real das pessoas, pois não estamos mais em um cenário único, onde o aprender fazia parte de tarefas e obrigações.
Alessandra Lotufo explica que a própria ideia de performance precisa ser redefinida, pois não estamos mais em um contexto em que as cobranças são feitas por base em entregas objetivas e obediência a processos.
A performance está ligada à capacidade de expressão, conexão e experiência. As pessoas não querem ser executoras de tarefas, querem ser vistas, ouvidas e reconhecidas como um ser integral.
E de acordo com Alessandra Lotufo, o desafio para as corporações está em criar ambientes de aprendizagem que promovam presença verdadeira e relações de qualidade.
No mundo onde tudo é descartável e visibilidade é medida em likes, o comportamento se tornou o centro das atenções.
Alessandra Lotufo detalha a cultura algorítmica como modeladora, pois ela premia comportamentos, criando bolhas digitais que influenciam as dinâmicas humanas.
Nas organizações, essa cultura contamina a ideia de performance ao passo que estimula o desempenho com algoritmos, e não com uma entrega substancial.
A performance ficou crônica. É a performance do ‘eu tenho que fazer e mostrar que isso deu certo o mais rapidamente possível’.
Essa dinâmica gera ansiedade e distorções. E o desafio do T&D é equilibrar velocidade com profundidade, estímulo com bem-estar.
Uma das formas de conduzir essa mudança de forma saudável é desenvolver soft skills como:
A liderança deixou de ser uma função de comando há muito tempo, ela agora tem o papel estratégico de criar vínculos humanos verdadeiros, em que as relações de confiança e segurança são parte essencial para trabalhar vulnerabilidades e aprendizagem.
Um dos drivers muito importantes hoje da cultura do trabalho é a experiência. Eu quero me conectar. Eu tenho déficit de conexão verdadeira nas mídias sociais, na cultura algorítmica. O trabalho passou a ter que dar conta disso, porque as relações íntimas, físicas, pessoais, estão deficitárias e, como eu quero conexão, eu busco isso no mundo do trabalho, também.
Alessandra Lotufo, MD Afferolab
A partir desse cenário, Alessandra Lotufo faz um convite aos líderes para que deixem de lado a cultura algorítmica e mergulhem em uma cultura onde o alto desempenho é desenvolvido e trabalhado.
A proposta da Afferolab é um framework baseado em quatro pilares:
Alessandra Lotufo explica que o framework, tese autoral da Afferolab, integra uma lógica interdependente, permitindo que, a partir de falhas na entrega (Delivery), seja possível identificar em qual, ou quais, dos pontos mencionados acima ocorreu a falha.
A lógica tradicional, baseada em cargos e diplomas, está cedendo lugar para um modelo skill-based, em que as habilidades reais e observáveis são o centro da gestão, do desenvolvimento e da aprendizagem.
A transição, em curso, é uma resposta direta à volatilidade do mercado. As organizações estão migrando de estruturas rígidas para experiências fluidas, onde o protagonismo do colaborador é impulsionado por conhecimento com aplicabilidade, frameworks de competências que integram racionalidade, relação e transversalidade.
Esse modelo favorece:
O ponto de atenção nesse aspecto é a urgência de equilibrar microcertificações com aprendizagem profunda, capaz de formar pensamento crítico, visão sistêmica e maturidade.
De funções fixas para capacidades dinâmicas; de planos de carreira lineares para experiências fluídas; de gestão tradicional para gestão orientada a habilidades.
Transformar o jeito de fazer T&D é uma urgência. O mundo do trabalho pede um novo olhar, mais humano, conectado e estratégico.
E as organizações que entenderem isso sairão na frente, criando culturas de aprendizagem mais saudáveis, relevantes e de alta performance.
Mais do que uma consultoria de treinamentos, atuamos como um ecossistema de aprendizagem, promovendo experiências de alto impacto, significativas, memoráveis e feitas para melhorar a vida de gente como a gente.
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