por Alessandra Lotufo, MD da Afferolab
O que determina a empregabilidade de um profissional? Há algumas décadas, a resposta era clara: um diploma de prestígio, anos de experiência e um histórico sólido em grandes empresas.
Mas o mercado passou a enxergar além das progressões lineares, tornando a capacidade de adaptação e a relevância das competências reais os principais diferenciais de um profissional.
A ascensão do modelo skill-based reflete essa transformação, colocando as habilidades no centro das decisões de recrutamento, desenvolvimento e progressão de carreira.
A pesquisa sobre Soft Skills conduzida pela Afferolab confirma essa mudança. Entre as habilidades mais valorizadas pelo mercado brasileiro, três grandes grupos se destacam:
O estudo mostra que, mais do que um domínio técnico específico, os profissionais precisam desenvolver competências que criem espaços de conexão e expressão dentro das empresas, fortalecendo a colaboração, a comunicação e a capacidade de trabalhar em equipe. Diante de desafios cada vez mais complexos, não basta saber fazer, é preciso saber interagir e cocriar soluções.
Essa reconfiguração do mercado de trabalho também muda a forma como o desempenho é avaliado. Empresas que operam sob um modelo tradicional ainda baseiam suas decisões em tempo de serviço e ocupação de cargos, mas as organizações mais inovadoras já entenderam que a métrica mais relevante é o impacto real das competências aplicadas. Isso exige uma nova abordagem para a medição de habilidades comportamentais, que há muito tempo são vistas como subjetivas.
Algumas metodologias vêm ganhando força, como o uso da análise do léxico para identificar padrões de comportamento. Estudos apontam que a maneira como um profissional se expressa – os termos que usa, a frequência de determinadas palavras e o tom de sua comunicação – pode fornecer indicadores valiosos sobre inteligência emocional, colaboração e liderança*.
A linguagem reflete o comportamento, e compreender essa relação pode ajudar empresas a estruturarem processos mais eficazes de avaliação e desenvolvimento de talentos.
Esse novo panorama reforça um ponto crítico: as habilidades que importam estão mudando, e o profissional que deseja crescer precisa se antecipar a essa transformação.
Criar um portfólio de habilidades, investir em certificações relevantes e demonstrar aprendizado contínuo são estratégias fundamentais para se diferenciar. Não se trata apenas de acumular cursos e diplomas, mas de construir um repertório aplicável e validável, com competências evidenciadas por meio de experiências práticas e entregas concretas.
Empresas já começaram a priorizar perfis que demonstram versatilidade, inteligência emocional e capacidade de resolver problemas complexos. O foco sai da progressão de carreira baseada em tempo de serviço e volta-se para um modelo mais dinâmico, que valoriza mais o que você pode fazer agora do que o que você fez no passado.
Além das mudanças individuais, essa nova lógica de trabalho exige uma revisão dos processos organizacionais. Empresas que continuam operando dentro de um modelo tradicional correm o risco de perder talentos para organizações mais ágeis, que já estruturaram seus modelos de recrutamento e desenvolvimento baseados em competências reais.
Isso significa abandonar filtros ultrapassados, como exigências acadêmicas genéricas, e criar programas internos que permitam que os próprios colaboradores evoluam dentro da empresa, sem precisar buscar capacitação externa para se manterem competitivos.
Organizações que adotam esse mindset fortalecem seus times, reduzem custos com rotatividade e garantem que suas equipes estejam sempre preparadas para novos desafios.
Mais do que isso! Trata-se da construção de um novo modelo de trabalho, em que as oportunidades são definidas pelo que cada profissional pode entregar, criar e transformar. Diplomas de tempo de serviço se tornaram coadjuvantes.
Quem entender essa mudança e agir agora sai com uma vantagem significativa, pois moldará sua trajetória com base no que realmente gera impacto. A nova arena do trabalho vem sendo arquitetada por aqueles que compreendem essa nova realidade e agem com intenção. Profissionais que desenvolvem suas habilidades e expandem seu repertório criam caminhos próprios e assumem o protagonismo de carreiras alinhadas com seu potencial e propósito.
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Realizada pela Afferolab, o estudo Skill-Based Brasil 2025 apontou as principais competências profissionais e como elas estão mudando a economia do trabalho no Brasil.
Conheça a ascensão do modelo skill-based e quais são as competências que importam na nova lógica do trabalho.
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