Quais as tendências para a aprendizagem corporativa do nosso tempo? A resposta requer uma visão ampla de aspectos que podemos (ou devemos) considerar para a fluidez das iniciativas de aprendizagem nas organizações e até mesmo para a nosso próprio desenvolvimento diário, ampliando e trazendo robustez para as nossas habilidades.
Neste artigo, deixo de lado o movimento unilateral do “eu forneço, você consome” (que ainda existe intensamente) para abordar elementos da nossa vida, como aprendizes, que são valiosos para nossa evolução dentro e fora do ambiente profissional. Considerações que, direcionadas em aprendizagem corporativa - no desenho das iniciativas de desenvolvimento -, podem apoiar as arquiteturas da nossa era.
1. Aprendizagem que Emociona – Emoções boas de sentir são memoráveis, geram engajamento, e sempre queremos mais. Aquilo que marca e faz a diferença na vida, que fazemos questão de compartilhar com pessoas à nossa volta e, ao passo que compartilhamos, aprendemos e nos emocionamos novamente. Esse tipo de experiência nos impacta a ponto de transformarmos os estímulos em sabedoria;
2. Curadoria com Esmero – É como ir à feira livre de domingo e selecionar as melhores frutas e legumes para a sua casa. É com esse cuidado e com essa atenção que curamos o que há de melhor para nosso desenvolvimento pessoal e profissional. A sensação de visitar uma exposição e sentir que tudo aquilo foi curado especialmente para você é muito poderosa, mesmo que a gente não se dê conta disso de forma consciente num primeiro momento;
3. Tecnologia a Serviço das Experiências – Você usa a tecnologia? Ou é ela que te usa? O olhar da tecnologia impulsionando a aprendizagem, experiências, trocas e personalização é condição primordial para o nosso tempo. Ela permite interações e colaborações significativas, além de romper barreiras do tempo e do espaço físico, com todos os recursos na palma da nossa mão;
4. Aprendizagem Granularizada – Vários momentos, de grão em grão, múltiplos formatos, diversos estímulos, tempos diferentes. Aquele drops docinho que, quando termina, a gente quer mais. A sensação de tempo acelerado que temos vivido nos deixa mais permeáveis para o desenvolvimento de nossas habilidades em momentos especiais, curtos e robustos;
5. Leveza e Profundidade – A leveza de um tango, com a complexidade dos seus passos. Aprendizagem fluida, que é leve, fácil, simples e atraente - até mesmo nos temas técnicos e áridos que precisamos incorporar. Conhecimento que traz amplitude e é cirúrgico. Traz a imersão necessária para não ficarmos na superfície. Aqui, é como mergulhar na imensidão e maravilhas do oceano, ver o que tem por lá, retornar encantado e contar os detalhes desse ecossistema marinho estonteante;
6. Fuga do Óbvio – Sim, o óbvio precisa ser dito. No entanto, nos desafiarmos a aprender por um caminho mental inusitado é sempre prazeroso. O que é convencional, num universo com tantos estímulos, às vezes não faz tanto verão. Estar aberto a novas experiências, com conexões improváveis, se torna muito especial. Nos impulsiona no desenvolvimento de habilidades criativas, tão almejadas em nosso contexto profissional;
7. Menos é Mais – Quantidade está longe de significar qualidade. Quando o ‘menos’ é bem pensado e elaborado com o máximo de impecabilidade, é essencial e substitui com sucesso iniciativas complicadas, custosas e, muitas vezes, sem o valor e o impacto necessários;
8. Conexões Poderosas – Olhemos para o lado. Quanta coisa há para aprender, para absorver. Quantas experiências para trocar. Quantos desafios reais, complexos e urgentes podem ser fluidamente resolvidos com o apoio de quem está ao seu lado. Esse é um viés da conexão poderosa. O outro é a habilidade de conectar tudo o que aprendemos com tudo o que já temos na mochila (faça uma pausa e olhe para a sua mochila; quanta bagagem importante a ser considerada, não?) e fazer aquela combinação extraordinária, aquela integração rara entre conceitos, ferramentas e experiências de vida;
9. Transbordo – Vamos deixar transbordar de um recipiente para outro, como a torre de taças que vai enchendo e extravasando enquanto cada copo se completa. É a experiência de compartilhar com o seu entorno o que você aprendeu de valor. A generosidade da partilha no que foi aprendido nos torna cada vez mais experts, além de promover conexões vigorosas ao nosso redor;
10. Vontade – Para além disso tudo, a aprendizagem passa por estarmos ou não estarmos com vontade de fazer, de realizar, de desafiar. É uma questão! Na vida do aprendiz, essa vontade faz a diferença. Essa provocação interna sempre precisa ser feita e precisamos vasculhar onde mora esse impulso ativo pois, mesmo dizendo que aprendemos com a vida vivida, o olhar atento, voltado a descobertas, somado ao processamento interno das experiências, é fundamental para a concretude de habilidades super desejadas por nós. Educar a nossa vontade não é algo a se terceirizar. Rompantes de inspiração e desejo podem ser a centelha que nos move ao objetivo que tanto almejamos.
Que tenhamos muitos e muitos rompantes!
Daniella Russo é Diretora de Relacionamento com Clientes na Bossa.etc e AfferoLab (Texto originalmente publicado no LinkedIn da autora)
Mais do que uma consultoria de treinamentos, atuamos como um ecossistema de aprendizagem, promovendo experiências de alto impacto, significativas, memoráveis e feitas para melhorar a vida de gente como a gente.
Fale com o nosso timePocket Learning | Linguagem não sexista
Confira o novo pocket learning da Afferolab e entenda um pouco mais sobre a importância de utilizarmos, cada vez mais, uma linguagem inclusiva e não sexista!
Pocket Learning | Segurança Psicológica
Para que haja inovação, aprendizado, autodesenvolvimento e inteligência coletiva dentro das organizações, é preciso promover ambientes corporativos psicologicamente seguros. Entenda mais sobre o conceito de Segurança Psicológica neste Pocket Learning.
Fale com a gente!
Nosso Escritório:
Alameda Santos, 1827, 12º andar
Jardim Paulista, São Paulo – SP
CEP 01419-100